Archive for the ‘Foto’ Category
O torso negro e a taturana
Não é belo quando arte, natureza e acaso se unem? A taturana sabia exatamente o lugar dela na escultura Torso Negro, de Vera Torres, em frente ao teatro do Memorial da América Latina, naquele domingo de ventos fortes, que tirei o fim da tarde para assistir Medea.
Siberiano
Fotos de Rafael Coelho para as peças O Urso e O Pedido de Casamento, que a gente encenou na semana passada. Tem mais no Flickr.
SF, CA, US
Fotos de San Francisco, que esqueci de postar quando voltei, no comecinho de novembro.
Link, 11/8
Reportagens minhas no Link de hoje:
‘Nossa vida é controlada por algoritmos’
(entrevista com o pesquisador e artista digital Sheldon Brown)
Câmeras estão 20% mais baratas
(mercado fotográfico aquecido antes da PhotoImageBrazil)
Alguns lançamentos
Respirar teatro é pouco perto do que acontece no FIT
É hoje, é hoje. Está começando em Rio Preto o Festival Internacional de Teatro (o FIT). É a oitava edição do evento, que fica maior a cada ano. Isso não é mais um lugar-comum para “vender” o evento. A cidade do interior de SP (que tem uns 400 mil habitantes) fica completamente modificada, respira teatro com intensidade comparável a Paraty durante a Flip. As peças tomam as ruas, as pessoas fazem filas de 10 horas de espera por ingressos e a comunidade teatral de todo o país comunga com cerveja e um clima experimental em 15 noites de balada no Não-Lugar (nome foda, fala sério).
Para ter noção da grandiosidade e importância da coisa, este ano o FIT terá a estréia mundial (pois é, mundial) de um espetáculo franco-brasileiro com Sandra Corveloni no papel principal (aquela de Cannes), o Le Retour au Désert (e eu vou ver, rá!). Todos os críticos vão pra lá, a cidade pauta as discussões sobre teatro e consegue levar à população “comum” as pesquisas de linguagem e espetáculos às vezes tão, tão distantes.
Por exemplo, a disputa por ver O Céu 5 Minutos Antes da Tempestade, de Sylvia Gomez, com direção de Eric Lenate (apadrinhados de Antunes Filho), foi gigante. Em Rio Preto, isso só é possível uma vez por ano. A peça é figurinha fácil em São Paulo, assim como outras da programação (Senhora dos Afogados, Besouro – Cordão-de-Ouro, Acqua Toffana, Top! Top! Top!), algo quase inviável para quem mora lá ver (são 300 km de distância e pelo menos R$ 140 de busão – ou uns R$ 600 de avião ida e volta).
Eu paguei essa grana pra ir neste próximo fim de semana. Só vou conseguir ver 7 peças, ir a 3 discussões e 3 baladas (tudo isso por R$ 20tão). Mas já dá o gostinho do FIT. Acompanho o que rola por lá desde 2005, quando teve o épico francês Padox, uns presidiários (mesmo!, lá do IPA) vestidos de ETs que saíam pelas ruas fazendo coreografias e interagindo com sons estranhos com as pessoas.
Em 2006, cheguei a participar do projeto Uroborus, a mais longa peça de teatro da história, com 192 horas, na Rodoviária de Rio Preto. O lance era baixar o texto do site do FIT, ir com uma dupla e subir no palco. Os atores, que podiam ser gente comum, se revezavam a cada uma hora. O fotógrafo Otávio Valle, então editor do Diário da Região, tirou várias fotos (no Flickr aqui). Quem deu a cara a tapa fomos eu e o também jornalista Mateus Camargo, um desses caras fodas desperdiçados no jornalismo (vai saber de cinema assim na pqp). Na época, nós dois também estávamos no Diário.
Faltei em 2007. Por isso me organizei e segurei uma grana pra curtir em 2008.
Uma última coisa. O FIT deste ano tem um blog (apesar de o site em flash ser uma coisa chatíssima, né, Jorge Vermelho? – olha o pau que ele quebrou com o pessoal do Teatro Oficina).
Passado ao alcance
Um paulistano que não conhecia o Mosteiro de São Bento? Resolvi neste domingo deixar a preguiça de lado e encarar o roteiro a pé proposto pela revista Época São Paulo no Centro histórico da cidade. Começamos pela Praça da Sé (e o Marco Zero), seguimos ao Pateo do Collegio, passamos pela Ladeira Porto Geral, chegamos ao Mosteiro de São Bento, viramos para o centro financeiro (prédio do Banespa, Edifício Martinelli, Bovespa) até desembocar no Centro Cultural Banco do Brasil. De lá, continuamos para o Largo São Francisco e a Praça do Patriarca. Acabamos no final do Viaduto do Chá, em frente ao Theatro Municipal.
Além de um grande sentimento de entender e pertencer à História, o passeio rendeu 41 fotos:
Veja todas no Flickr.
Sinuosidade
No meio da Virada Cultural de SP, ali pelas 4h30, a lua mostrava suas formas bem acima do Edifício Copan.
BTW, assisti ao show de Zé Ramalho, à peça História de Amor (últimos capítulos), do Teatro da Vertigem, e ao show de Carla Moreno.
Link – 28/4
A falta de posts durante a semana passada se explica agora: uma reportagem de 11 páginas sobre fotografia digital no Link desta segunda, 28. Fizemos com várias mãos. Eu, Jocelyn Auricchio, Filipe Pacheco e Filipe Serrano. Recomendo.
Revelar fotos, quem diria, é a nova sensação
Imprimir está mais barato e prático
É preciso cuidado ao guardar os arquivos digitais
‘Link’ testa 4 quiosques de impressão
Fujifilm – Impecável correção de imagem
Kodak – Fotos divertidas com qualidade
Mitsubishi – Ampliações fáceis
Sony – Rápido e rasteiro
Infográfico: Saiba como revelar suas fotos
Lojas cobram menos, mas faça testes
Serviços online recebem fotos e as entregam em casa
Mini-impressoras são boas para viajar e funcionam sem PC
Mulheres lideram o hábito de imprimir
Geração prova que digital e analógico podem se unir
Empresas ensaiam retorno dos filmes
Fotografar com filme para reeducar o olhar
Saudosista, fotógrafo revela na lavanderia
Arte fotográfica ganha ‘sabor’ digital
Três galerias
Que tal trocar a câmera pelo celular?
Nokia N82 – Cores fortes e preço alto
LG KE990 – Bonitão, Viewty é multiuso
Samsung G600 – Design mais simples esconde recursos poderosos
Sony Ericsson K850i – Editor de imagens aplica efeitos com facilidade
Carnaval de raiz
Só um pouco atrasado, na semana passada, descobri um fotógrafo carioca de 18 anos, Lucas Landau, cujas fotos de Carnaval me encantaram. Não há apelo para peitos e bundas, mas o destaque da beleza cultural – as fantasias, expressões de alegria, aglomerados humanos e até uma certa crítica social. Vale a pena vê-lo no Flickr. Landau também mantém um blog e cobriu, com textos, o Fashion Rio.
Conexão com o céu
Sim, um fotógrafo foi capaz de fazer esta imagem:
Foi Custódio Coimbra, repórter-fotográfico da Agência O Globo. O clique foi disparado no meio das tempestades que atingiram o Rio na semana passada.
É enlouquecedor pensar quantas voltas o mundo precisou dar para naquele momento, naquele instante, tudo convergisse para o fotógrafo estar com a câmera apontada para o Cristo e um raio disparasse no mesmo momento do flash.
Ou vai me dizer que a tecnologia (o disparador automático da câmera) estragou tudo?
O samba chega ao altar
Ontem à noite rolou o primeiro ensaio técnico da escola de samba em que vou desfilar neste Carnaval, a Unidos de Vila Maria, no Sambódromo do Anhembi. Entrei ali pela primeira vez e passei pela “avenida” simulando o dia do desfile oficial. Não só eu, mas boa parte dos 4 mil integrantes da escola. Fotos:
Engraçado que, apesar de uma boa torcidinha ter ido ver o ensaio na arquibancada, não senti a emoção arrebatadora que se diz abater sobre passistas. Estranhei a altura da arquibancada (baixa, perto dos que desfilam – isso é bom) e achei a passagem rápida demais. Por isso, levanto a tese de que Carnaval mesmo é o que se faz nas quadras das escolas. Desconfio que as escolas só querem ser campeãs para curtir, depois, a festa na quadra (falou então… o que rola é muita grana). Veja:
Alguns comentários sobre o Carnaval de SP deste ano:
• A Vila Maria elegeu a Rainha do Carnaval 2008 (esta ao lado, a Valeska Reis Salvador).
• A mídia tem preferência declarada pela Gaviões e Mangueira (veja esta matéria do Jornal da Tarde, com a chamada “Gaviões e outras escolas abrem a temporada de ensaios”).
• O portal estadao.com.br fez uma bela enquete para escolher a musa do samba. Créditos para a webdesigner LuLu Alencar.
• O novo presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo é o presidente da Vila Maria, o Serginho. Isso influencia na escolha da campeã? Ah, se o samba fosse só o samba…
O Jô de camiseta
Eu nunca tinha visto o Jô Soares de camiseta. Pelo menos não sem estar no papel de algum personagem. Achei ótima esta foto da capa de dezembro da Revista da Cultura. Além de deixar o Jô mais jovem, ainda tem um quê meio tiozão a la Nelson Motta.
Então fica a dica de leitura. A entrevista (link aqui) é tão boa quanto a foto.